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29 setembro 2011

Acho que não sei quem sou... Só sei do que não gosto.


Sempre precisei de um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto.
E destes dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos

[Renato Russo]



E são tantas coisas...
Importantes ou não, eu sei que elas existem. 
E mesmo que ninguém as perceba, às vezes elas vêm à tona. 
Saem de mim sem que eu consiga controlar. 
Ficam nítidas. 
Os sensíveis percebem. 
Os que reparam perguntam. 
Mas eu não gosto de responder.
Não uso bem as palavras.
Elas me dominam e saem do jeito que bem entendem.
E não há como disfarçar, até porque não há... máscaras aqui.

Falta fôlego. 
Sobra angústia. 
São momentos passageiros e que às vezes nem deixam marcas. 
Mas são sentidos. 
Ora adormecem, ora crescem. 
Na maioria das vezes adormecem. 
Mas entenda: não existe uma grande razão para isso. 
Há uma razão sim, mas ela não é grande, nem digna.  
Sei que é estranho. 
Eu sou estranha. 
Mas não gosto que façam isso. 
E se não gosto, isso acaba aparecendo. 
E eu fico calada.


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